Finalista do último prêmio SESC de Residência Literária 2018, “Quatro Velhos” conta a história do relacionamento entre dois casais de idosos e sobre como a interação entre eles modifica a maneira como veem o mundo. A trama se desenvolve em um bairro de periferia na cidade do autor, Americana, interior do estado de São Paulo, e dá continuidade à proposta de Biajoni de deslocar as histórias dos grandes centros urbanos para cidades pequenas e médias. “Existem histórias interessantes por toda a parte”, diz o escritor. “Quando nos deparamos com uma delas, a maior questão é contar do jeito certo, escrever do jeito que a história pede – creio que esse seja o grande desafio do escritor”, conta.
A história de “Quatro Velhos” começou a se formar quando Biajoni prestava o serviço militar obrigatório e frequentava um bar de periferia onde um boato era comentado à boca pequena: um frequentador do bar seria filho bastardo do ditador italiano Benito Mussolini. Biajoni, que ainda não sonhava com a carreira literária, registrou aquela estranha informação e, vinte anos depois, ficou sabendo que o tal filho bastardo do Duce estaria vivendo uma relação consensual a três: havia levado um velho viúvo para ir morar com ele e a mulher. Ao pesquisar sobre a história, descobriu algumas informações interessantes sobre os dois casais e decidiu escrever. “A maioria da trama é pura ficção, não havia ninguém mais para falar, estavam todos mortos; os personagens, os parentes, os amigos”, explica Biajoni. O romance sai pela Penalux na segunda quinzena de fevereiro.
Além de “A Comédia Mundana” e “A Viagem de James Amaro”, que também foram publicados em Portugal pela editora Chiado, Luiz Biajoni escreveu “Elvis & Madona” (Língua Geral, 2010) e “Virgínia Berlim – Uma Experiência”, lançado em 2007 pela extinta editora OsViraLata e republicado em 2017 pela Penalux.
Gênero: Romance | Páginas: 172 | Compre: Loja Editora Penalux | Site do autor
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