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» » » » » » » » Resenha: "A Madona e a Vênus", de Catarina Muniz

Resenha por: Pedro Gabriel
Obra: A Madona e a Vênus
Autora: Catarina Muniz
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Ficção/Romance
Páginas: 304  |  Ano: 2019
Onde Comprar: Amazon - Físico ou E-book
Adicione: Skoob
Nota: ★★★★★
Livro cedido pela autora.
SINOPSE: 1481, Florença, Itália. A cidade mais fremente do mundo, berço dos maiores pintores, arquitetos e escultores de toda a História, é o cenário de um intrincado triângulo amoroso entre a camponesa Francesca di Boscoli, a duquesa de Milão, Alessia Sforza, e o aspirante a pintor Vincenzo Mantovani. Francesca busca apenas paz em sua vida, já tão carregada de cicatrizes. Vincenzo espera ser reconhecido como um dos maiores artistas de seu tempo. E Alessia, a bela mecenas, busca impor sua vontade, custe o que custar! O Renascimento Cultural italiano é o pano de fundo deste romance que promete trazer ao leitor fortes emoções. Benvenuti!

👫💓🎨

Uma grande paixão pode mudar completamente a vida de duas pessoas e, em alguns casos, influenciar até mesmo na vida de outras ao seu redor. Pode despertar a ira de alguns e a compaixão em outros. Pode ser o início de uma fase marcante na vida... mas também pode ser o início de um inferno. Em "A Madona e a Vênus", conhecemos um casal apaixonado que tive os caminhos entrelaçados e foram golpeados pela ganância e uma paixão fajuta. 



Francesca é uma linda, doce e jovem camponesa que vivia uma vida tranquila em San Gimignano, na Itália, com seu pai viúvo e seus irmãos. Era uma mulher que dedicava sua vida aos afazeres de sua casa e a suspirar de amores por Giane, seu noivo. Mas foi por causa do próprio noivo que ela foi expulsa de seu lar. Genaro, seu pai, deu-lhe uma surra, cuspiu toda sua ira em palavras e a pôs para fora de casa, sem nada para comer e sem seus pertences. Ela foi a procura de ajuda de Giane - que tinha fugido da casa dela após o início da confusão - mas ele não deu o menor apoio nesse momento mais difícil da vida dela. Ela até sugeriu que eles fugissem juntos, mas ele não quis.


"-Mas... e eu, Giane? E NÓS! Isso não significa nada para ti? Tudo o que vivemos, tudo o que passamos? Não... Não me amas? Giane enfim a encarou. Analisou suas marcas, os hematomas arroxeados no rosto, nos braços, no colo. Engoliu seco e, finalmente, descarregou a resposta cruel:- Amo-te, Francesca, mas não o suficiente para desgraçar a minha vida por tua causa.O ar sumiu dos pulmões da moça."



Sozinha, sem comida, roupas, dinheiro, sem seu grande amor e temendo ser encontrada pelo pai e acabar levando outra surra ou coisa pior, Francesca partiu para Florença. Lá na cidade que respira artes, ela conseguiu uma taberna para dormir e ganhar algo para comer, mas em troca ela trabalharia cozinhando, servindo, limpando e fazendo tudo o que lhe era ordenado. Nesse lugar, Francesca comeu o pão que o diabo amassou... e bem amassado.

Todo tipo de humilhação era feita contra ela, comia muito pouco - além de ser uma comida duvidosa -, dormia no chão, usava roupas maltrapilhas, além de ser assediada pelos clientes do local e o próprio dono da taberna. Lágrimas lhe faltavam pois já tinha chorado tudo o que tinha pra chorar desde que foi expulsa de sua própria casa. Para Francesca, a vida estava sendo bastante cruel e ela não compreendia o porque de tantas humilhações.



Em meio à escravidão que vivia na taberna, eis que ela conhece Vincenzo, um jovem pintor bem apessoado que tirava o fôlego das mulheres com seu charme e sua beleza. Um homem que sonhava em mostrar sua arte para o mundo. O caminho dos dois se cruzam e ele a convida para ser retratada numa tela. Mesmo relutante e após muitas investidas, ela aceita. A necessidade para ela falou mais alto devido a situação em que se encontrava. 


"- Francesca, por favor, te afastes. Tu não sabes o que diz, não saber o que provoca... Não sabes como me sinto... Não sou forte como imaginava. .. Não contigo...A moça roubou-lhe o restante do oxigênio quanto tomou a mão direito dele, a beijou e a levou à face, depois, escorregou até o colo e declarou:- Não sejamos, Vincenzo. Não sejas forte... Não quero mais ser forte."



O que ela não esperava é que uma paixão florescesse naqueles dois corpos e o calor aquecesse os dois corações marcados por angustias e sonhos. Mas enquanto Francesca pensava que a vida já tinha lhe dado muitas surras, surge então a duquesa Alessia Sforza. A imponente mulher contrata Vincenzo para fazer uma obra na residência dela, em Roma. Pensando na oportunidade de expor sua pintura e ter seu nome ecoado pelo mundo das artes, Vincenzo aceita, mas esse será o início de uma saga que colocará em risco essa grande paixão. 


"A partir dali, apenas viveria. Ou melhor, vivenciaria! Experimentaria, enfrentaria, entregaria, cederia... Qualquer verbo que se fizesse entender que a paixão era real e inevitável para ambos."

Ambientado em 1481, na Itália, com os costumes e situações que abraçavam a época, "A Madona e a Vênus", escrito pela alagoana Catarina Muniz, traz em suas páginas uma narrativa apaixonante que fala sobre o perdão, sonhos, ganância, solidão e sobre o verdadeiro amor, o sentimento que moveu Francesca e Vincezo até o fim. 



A triste história deste casal é um convite a conhecer um pouco do que foi a Itália no período  renascentista, do que foi a luta dos pintores para ter o verdadeiro reconhecimento pela arte que amava dar vida e cores, de conhecer um pouco das vivências do local, entre tantas outras coisas. A história, apesar de ser uma ficção, traz muito da realidade. A autora até faz referências a obras, pintores e locais da época. É uma verdadeira viagem no tempo.

Toda a narrativa foi muito bem construída. Nela, conhecemos uma doce e jovem ingenua, que aprendeu com as surras da vida a se tornar uma mulher forte, pronta para enfrentar de peito erguido qualquer adversidade da vida. Do outro lado, conhecemos um jovem rapaz que ainda vivia um mundo de ilusões, mas que aprendeu da pior forma a valorizar o verdadeiro amor, o seu trabalho e se tornou um verdadeiro homem. Ao longo da história, conhecemos outros personagens marcantes, que dão um tempero ainda mais forte a história e faz dela um romance histórico divino. 



Confesso que antes de ler, imaginei que o triângulo amoroso da história fosse de um jeito, mas me enganei. Foi melhor do que pensei. Foi mágico e apaixonante e passa uma verdade dos sentimentos envolvidos. Quem lê vai entender o que digo. 

A autora fez uma brilhante pesquisa sobre o passado para construir essa narrativa incrível. Não é o meu primeiro contato com a escrita da Catarina. Já tive a oportunidade de ler o conto "A mania da Ninfa" ("Love Is In The Air", pela Ler Editorial - 2018) e conhecer "Carmim" (Ler Editorial - 2018), que foram ótimas experiências da minha vida pelo mundo dos livros. 



A autora possui uma escrita fluida, instigante, que passa uma verdade e mostra a delicadeza que ela tem ao abordar determinados temas e, claro, suas histórias sempre com a dose perfeita de eroticidade, de acordo com a temática da história. Nada de exageros ou sem nexo, tudo muito bem escrito. Um talento é um talento, né? Só tenho que parabenizar mais e mais Catarina Muniz por presentear a mim e seus outros leitores com mais essa obra apaixonante. 

Não deixem de embarcar nessa história linda, intensa e fascinante!

O livro foi publicado através da Universo dos Livros. A capa e contracapa são lindas, as folhas são amareladas, a fonte tem um tamanho agradável e a edição possui orelhas. Tudo muito bem caprichado.


"Cores vibrantes, repleta de luz e sensualidade, olhar lânguido, pedinte... e apaixonado! A treva e o clarão. A santa e a pagã. A razão e o desejo. A bênção e a paixão."

📚Boa leitura, pessoal!📚


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