2019 já começou e com a chegada dele só aumentou a vontade de ler mais e mais livros. Por isso, vou começar o ano trazendo duas dicas de leitura para os apaixonados por comunicação e curiosos a respeito do jornalismo e sua atuação:"Cásper Líbero e a modernização do jornalismo brasileiro" e "Jornalismo, homofobia e relações de gênero" são os indicados de hoje!
"Cásper Líbero e a modernização do jornalismo brasileiro", escrito por Gisely Valentim Vaz Coelho Hime, tem como objetivo apresentar a história do jornal A Gazeta (1906), que circulou em São Paulo por mais de 70 anos. A obra aborda os investimentos que o empresário Cásper Líbero fez no periódico paulistano, assim, conseguindo fazê-lo circular ainda mais e fala sobre a influência dele na história da imprensa brasileira, consequentemente, na história do Brasil. A autora se debruça a falar dos dois lados da moeda. É uma análise profunda a respeito dos fatos que giram em torno da trajetória do jornal, do seu dono e os impactos na vida política e cotidiano dos paulistanos.
Em "Jornalismo, homofobia e relações de gênero", escrito pelo Carlos Alberto de Carvalho, o leitor se depara com um estudo profundo a respeito da homofobia e seus tentáculos; o impacto na comunidade LGBTI+ e como o crime é tratado pela imprensa. O professor Carlos Alberto faz uma análise por partes afim de refletir sobre o ponto principal da obra, que é o comportamento da imprensa em relação ao crime. Para isso, o autor se baseia em pesquisas em alguns jornais bem conhecidos e aproveita para utilizar alguns casos que foram bastante repercutidos pela mídia brasileira. Um estudo bem interessante e que vai despertar o interesse de pessoas da comunidade LGBTI+, pessoas da área de comunicação e outros interessados nas temáticas.
Vamos conhecer mais sobre os livros? Confiram as sinopses logo abaixo:
"Cásper Líbero e a modernização do jornalismo brasileiro", Gisely Valentim Vaz Coelho Hime
SINOPSE: Quando e como foi criado o primeiro curso de Jornalismo no Brasil? O que motivou essa iniciativa? Como ela se refletiu na prática jornalística brasileira? Essas e outras questões a elas relacionadas são apresentadas pelo livro Cásper Líbero e a Modernização do Jornalismo Brasileiro. A obra analisa o projeto jornalístico daquele que foi um dos empresários pioneiros da imprensa nacional, destacando-se, entre o final dos anos 1920 e o início dos 1940, pela modernidade com a qual dotou instalações, equipamentos, linha editorial e administração – inovações que equipararam A Gazeta aos melhores jornais da América Latina –, mas que, curiosamente, não encontrou registro nas obras clássicas sobre a História do Jornalismo, caindo assim no esquecimento. Para quem vive, porém, na era das tecnologias digitais, qual seria o interesse de conhecer o projeto jornalístico de Cásper Líbero? Ao estudarmos A Gazeta em seu período de grande efervescência, somos apresentados a um veículo que agrega uma série de inovações ao panorama nacional, visando a acompanhar o progresso que se impõe à sociedade brasileira no século XX e, sobretudo, a São Paulo. Nessa medida, o vespertino busca ser identificado como o jornal dos paulistanos, revelando a mentalidade dos intelectuais e empresários que, à época, comandavam o cenário político, econômico e cultural no País, forjando um projeto de modernização para o Brasil. Por outro lado, ao favorecer a reflexão sobre o exercício do Jornalismo, permite o entendimento das transformações ocasionadas pela modernização das práticas, em um momento crucial da história da imprensa brasileira, o qual determinou a criação do primeiro curso de Jornalismo do País, estabelecendo uma ruptura profunda na formação profissional e, consequentemente, no exercício da profissão. Dessa forma, este livro preenche lacunas significativas da biografia da imprensa nacional.
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"Jornalismo, homofobia e relações de gênero", Carlos Alberto de Carvalho
"Jornalismo, homofobia e relações de gênero", Carlos Alberto de Carvalho
SINOPSE: Disseminada nas sociedades ocidentais, a homofobia é um fenômeno social cujo alcance vai muito além das pessoas identificadas como lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) e da violência física. Em sua esteira, pessoas não identificadas com as performances de gênero e sexuais heteronormativas são ameaçadas de morte, sofrem agressões corporais de variadas ordens, além de traumas psicológicos, promovidos por xingamentos, escárnios e outras formas de depreciação injuriosa, que representam a face mais visível de sentimentos e práticas que têm mobilizado as mais diversas entidades de defesa de direitos humanos de pessoas LGBTT. Estas colocam em cena programas e ações de conscientização com o objetivo de buscar visibilidade pública a partir de denúncias e de atividades educativas que têm por alvo, além da população em geral, mídias noticiosas . As mídias, por sua vez, pautadas por acontecimentos programados e produzidos tendo-as como alvo, além da sociedade (paradas do orgulho LGBTT e datas de conscientização contra a homofobia, por exemplo), ou por acontecimentos diversos (assassinatos motivados por ódio homofóbico, dentre outras formas de intolerância), são responsáveis por parcela significativa do que se difunde socialmente acerca do tema, ainda que muitas vezes ocultando determinadas ocorrências ou aspectos relevantes de fatos noticiados. As questões no entorno da homofobia, se à primeira vista chamam atenção para hierarquizações sociais de cunho sexista afinal, ser heterossexual tem implicado em ter direitos negados a pessoas não heterossexuais podem esconder hierarquizações no interior mesmo das homossexualidades. Fazendo referência à decisão espanhola de estender o direito ao matrimônio para casais homossexuais, além de outras garantias jurídicas naquele país, Beatriz Gimeno aponta para a dupla hierarquização que as sexualidades fazem ver: Agora que o movimento GLBT alcançou um dos seus objetivos políticos máximos, que era a realização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, é hora de que nós lésbicas exijamos, de uma vez por todas, que esse mesmo Movimento social que teve um sucesso inquestionável no convencimento da necessidade e da igualdade entre cidadãos heterossexuais e homossexuais, dedique seus próximos esforços para conseguir que a mesma igualdade seja real entre gays e lésbicas. (GIMENO, 2007:19).
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Gostaram das dicas de leitura de hoje? Bem interessantes, né? Aproveitem para adquirir os exemplares de vocês na loja virtual da Editora Appris. Depois me contem o que acharam da leitura, certo?
Até a próxima e boa leitura, pessoal!
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