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Resenha: "Contos de Fadas em suas versões originais" (Vol. 1)

Resenha por: Pedro Gabriel 
Obra: Contos de Fadas em suas versões originais (#1) 
Autores: Charles Perrault, Hans Christian Andersen, Jacob e Wilhelm Grimm
Editora: Wish
Gênero: Ficção/Contos/Terror/Fantasia 
Páginas: 160  |  Ano: 2016
Adicione: Skoob  |  Nota: ★★★★☆ 
SINOPSE: Todos nós tivemos contato com os contos de fadas pelos desenhos animados, livros ou contações de histórias. O curioso é que todas essas narrativas foram adaptadas sem muito compromisso com os contos originais, perdendo parte da crueldade e sutileza naturais da época. Nesta coleção, os melhores contos de fadas foram escolhidos de forma criteriosa, cujas histórias centenárias se enveredam por horizontes escuros e sombrios, onde não há censura ou limites. Seus finais nem sempre envolvem casamentos ou futuros felizes, nos quais a moral prevalece sobre os pecados. Nada mais será escondido ou censurado. A chave para conhecer os contos de fadas mais obscuros está em suas mãos. Você tem coragem de abrir esta porta? Uma edição de leitura prazerosa, com 10 contos completos (incluindo alguns inéditos no Brasil) e 68 ilustrações para serem apreciadas no silêncio da noite.


💀📚💀

Muita gente cresceu ouvindo diversas histórias infantis, dentre elas, as mais famosas: "Chapeuzinho Vermelho", "Branca de Neve", "A Pequena Sereia", "Rapunzel", e tantas outras. Contos de fadas populares que mexiam e ainda mexem bastante com o imaginário da criançada. Muitas dessas histórias ganharam as telonas dos cinemas com adaptações que só fizeram conquistar ainda mais as crianças e até os adultos que cresceram ouvindo essas narrativas fabulosas. 



Em "Contos de Fadas em suas versões originais", publicado pela Editora Wish, somos convidados a mergulhar no mundo sombrio e sangrento dos contos de fadas. Temos acesso aos contos originais que tanto fizeram parte de nossas infâncias e que foram modificadas para serem mais 'digestivas' e menos aterrorizantes para o público infantil. Uma outra faceta dessas narrativas.

Ao todo, a obra possui 11 contos escritos por diversos autores há centenas de anos. Segundo a nota da editora, histórias datadas entre 1600 e 1800. São eles: "Barba Azul" do Charles Perrante, "A Pequena Sereia" do Hans Christian Andersen, "Branca de Neve", do Jacob e Wilhelm Grimm, "Pele de Asno", do Charles Perrante, "Rapunzel" do Jacob e Wilhelm Grimm, "Chapeuzinho Vermelho" do Charles Perrante, "A Amendoeira" do Jacob e Wilhelm Grimm, "A Pequena Vendedora de Fósforos" do Hans Christian Andersen, "Cinderela" do Jacob e Wilhelm Grimm, "Sapatinhos Vermelhos" do Hans Christian Andersen e "O Rouxinol e o Imperador da China" também do Hans Christian Andersen.



Em "A Pequena Sereia", o drama impera do início ao fim. A protagonista muda completamente sua vida em prol de outra pessoa. "A Pequena Vendedora de Fósforos" é emocionante e nos faz refletir sobre as desigualdades sociais - que estão na nossa cara e, às vezes, deixamos passar despercebido em nosso dia-a-dia. 


"Criamos crianças sem força para viver. Viram mulheres que aceitam violência doméstica e homens que as cometem. O romantismo que aprendemos não corresponde à realidade quando vista de perto, e não suportamos as perdas e danos causados pela vida, ao inés de aprender com eles."



"A Amendoeira" traz uma história triste e ao mesmo tempo sombria sobre vingança. No conto "Barba Azul", podemos ver claramente o poder do machismo, que fez diversas mulheres de vítimas no passado e ainda hoje faz. Já no conto "Sapatinhos vermelhos", o enredo é surreal e sangrento.


"Quando se faz o bem, nada se deve recear." - em "Pele de Asno", do Charles Perrault. 



E assim as narrativas vão se intercalando, entre histórias com dramas, amores, fantasias, violências e muito sangue. Eles trazem enredos que já conhecemos bem, mas dessa vez muitos são assustadores. Trazem uma outra perspectiva para as histórias - que conseguem fazer os leitores refletirem bastante. A escrita dos contos são bem fluidas e envolventes, o que contribui ainda mais para a leitura dos contos. 



A obra é uma publicação da Editora Wish no Brasil. As histórias foram traduzias por Tamara Queiroz e Felipe Lemos. A edição brasileira tem a capa e contracapa lindas e feitas pela Marina Avila, a diagramação está muito bem organizada e cheia de detalhes, as folhas são amareladas, a edição possui orelhas e 70 ilustrações no decorrer das histórias. Detalhes e mais detalhes que só ajudam ao leitor a se ambientar ainda mais nos cenários e mergulhar de cabeça nas narrativas. Um lindo trabalho gráfico. Impecável! 





📚Boa leitura, pessoal!📚 


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Resenha: "Use-me", de Kimberly Knight

Resenha por: Pedro Gabriel 
Obra: Use-me 
Autora: Kimberly Knight
Editora: The Gift Box 
Gênero: Ficção/Romance/Erótico
Páginas: 264
Ano: 2019
Adicione: Skoob
Nota: ★★★★☆ 
Livro cedido pela editora.
SINOPSE: A vida de Rhys Cole sempre girou em torno do hóquei. Ele sempre soube que quando crescesse jogaria na NHL, mas quando seu sonho de ser convocado não aconteceu, escolheu uma segunda opção: tornar-se jornalista esportivo para uma emissora local de TV. Porém, assim como nos esportes, às vezes se ganha e outras se perde. Ao flagrar a namorada na cama com um estranho, Rhys vai até o bar próximo à sua rua para esfriar a cabeça. Após trabalhar como repórter de rua, cobrindo histórias em condições meteorológicas extremas, e trabalhando até tarde, Ashtyn Valor é promovida a principal apresentadora do noticiário da noite. Após se estabelecer na carreira, Ashtyn está pronta para dar o próximo passo na vida com o namorado. No entanto, quando ele, inesperadamente, rompe o namoro, Ashtyn decide adormecer a dor no bar mais próximo. Rhys e Ashtyn esperavam que uma noitada, alcoolizados, mascarasse a dor daquela noite de Outubro. O que não esperavam era encontrar alguém que pudesse ampará-los da escuridão de suas mágoas. Ou que o passado de ambos se entrelaçaria... perigosamente. Quando a obsessão se torna perigosa, Ashtyn busca segurança em Rhys. Mas o quão seguro, de fato, eles estão? O jogo do amor nunca para... E o deles... estava apenas começando.

👫💓📺

Unidos através das surpresas do destino e presos no jogo do amor, vivendo perigosamente esse sentimento que habitam seus corações. Essa era a realidade de Ashtyn Valor e Rhys Cole. 

Ashtyn é âncora de um telejornal. Uma conhecida jornalista de Chicago, que adora o que faz. Namora com Corey. Um relacionamento que há 10 meses enchia o coração dela de amor, mas não o dele. Do nada Corey termina a relação e a deixa amargamente magoada. Triste, solitária e decidida a afogar esses sentimentos com a ajuda de bebidas alcoólicas, Ashtyn resolve ir a um bar. Lá ela acaba conhecendo o Rhys. 



Horas antes... Rhys, chegava em casa após mais um dia de trabalho na TV em que âncora de um programa esportivo. Ao entrar no apartamento e seguir para o quarto, deu de cara com sua namorada transando com outro rapaz. Era surreal! Estava sendo traído pela namorada e debaixo do teto em que ele vivia e dividia momentos felizes ao lado dela. Segurando a raiva que o dominava, ele não parte pra cima do rapaz, apenas dá um ponto final ao relacionamento com a namorada e a expulsa de seu apartamento. 



Com raiva e desiludido, ele segue até o bar mais próximo de onde vivia, a fim de abraçar a bebida como sua companheira naquele momento. Lá, ele só não esperava encontrar a Ashtyn. Conversa vai, conversa vem e o clima esquenta entre os dois. O que seria uma noitada regada a bebidas, torna-se uma aventura apaixonante... e perigosa!


"- Você não esqueceu - disse ele.Na verdade, não tinha esquecido o Corey. Sabia que em poucas horas isso não seria possível, mas enquanto olhava para os olhos azuis do Rhys, as palavras simplesmente saíram.- Então ajude-me a esquecer."



Enquanto eles se conheciam mais e mais, o passado de Rhys torna-se o presente do casal. Um passado que desde o Ensino Médio - época em que ele sonhava ser um jogador de hóquei - não ressurgia. Agora iria atormentar a vida deles e até mesmo por em risco a vida de quem ele ama. Paralelo a isso, Ashtyn precisa lidar com um admirador secreto que sempre envia flores para ela no trabalho. Ela até lidava tranquilamente, mas alguns acontecimentos fazem ela mudar de ideia e perceber que a admiração havia se tornado uma obsessão.



Será que essa paixão resistirá a todos os embates, conflitos e riscos eminentes? Ou desistir e seguir em frente será a melhor opção para os dois?


"É louco pensar que um encontro ao acaso acabou se transformando em um jogo onde eu e Rhys estávamos tentando ganhar. O jogo do amor. Eu só esperava que não tivéssemos que lutar por nossas vidas, porque não era assim que o amor deveria ser. As pessoas não devem ter que morrer por ninguém para ficarem juntas."



Esse é o meu primeiro contato com alguma história escrita pela Kimberly Knight. Confesso que estive muito ansioso para ler algo escrito por ela. Criei expectativas e não me decepcionei com a história. A leitura é envolvente do início ao fim.

A Kimberly presenteia o leitor com uma história de amor onde os protagonistas salvam um ao outro da fase complicada em que viviam, se enchem de amor e transbordam seus corações com esse sentimento. O Rhys é cara gente boa pra caramba. Tem um passado marcado por  bullying, tentando resistir da forma que podia, sozinho. Cresceu com esse sentimento amargo, mas não deixou que isso o dominasse e mudasse seu jeito de ser com as pessoas. Já a Ashtyn, é uma mulher determinada, inteligente e linda, que com seu jeito meigo e doido de ser, conquista qualquer um. Os dois protagonistas são completamente cativantes. Conseguem fisgar o coração do leitor desde o primeiro momento. Os personagens secundários também.



Toda a história é narrada sob a perspectiva de Rhys e Ashtyn, o que é um ponto positivo, pois temos a oportunidade de conhecer mais sobre cada um, através dos olhares deles. Os capítulos são curtos, o que na minha opinião contribui ainda mais na fluidez da leitura, sem esquecer, claro, a escrita da autora que é envolvente.

As cenas são muito bem construídas, com detalhes bem destacados. Os momentos mais hots também são bem descritos, mas a história não se resume a somente sexo. Há realmente uma boa narrativa envolvendo todo esse clima mais quente.



O livro é dos bons. Vai por mim! É uma leitura bem engraçada e leve, apesar dos momentos tensos. A obra é romântica, sexy, crítica, com uma boa dose de humor e muita ação. Elementos que com certeza dão um toque mais que especial ao livro.

Essa é a segunda edição de "Use-me" e está ainda mais linda. A capa e contracapa estão muito bonitas, a fonte tem um tamanho agradável, o livro têm orelhas, as páginas são levemente amareladas e os detalhes da diagramação nem se fala de tão lindos. 



Além disso, quem compra o livro ganha um pôster com a capa, um marcador de papel e outro magnético. A história foi traduzida pela Martinha Fagundes. A The Gift Box Editora caprichou em tudo!

Aproveitando a oportunidade, deixo pra vocês o player da música "Not a Bad Thing", canção do Justin Timberlake que está presente na história de Rhys e Ashtyn. Ouça:




Não se esqueçam de comer "cupcakes". 
Tenham uma ótima leitura! ;)


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Resenha: "Apenas uma garota", de Meredith Russo

Resenha por: Pedro Gabriel
Obra: Apenas uma garota
Autora: Meredith Russo
Editora: Intrínseca
Gênero: Ficção/Romance/Young adult/LGBT
Páginas: 240
Ano: 2017
Onde Comprar: Amazon - Físico ou E-book
Adicione: Skoob
Nota: ★★★★★
SINOPSE: Prestes a entrar na vida adulta, Amanda Hardy acabou de mudar de cidade, mas a verdadeira mudança de sua vida vai ser encarar algo muito mais importante: a afirmação de sua identidade. Tudo que ela mais quer é viver como qualquer outra garota. E, embora acredite firmemente que toda mudança traz a promessa de um recomeço, ainda não se sente livre para criar laços afetivos. Até que ela conhece Grant, um garoto diferente de todos os outros. Ela não consegue evitar: aos poucos, vai permitindo que Grant entre em sua vida. Quanto mais eles convivem, mais ela se sente impelida a se abrir e revelar seu passado, mas ao mesmo tempo tem muito medo do que pode acontecer se ele souber toda a verdade. Porque o segredo que Amanda esconde é que ela era um menino. Em seu romance de estreia, Meredith Russo retrata o processo de transição de uma adolescente transexual, parcialmente inspirada em suas próprias experiências. Enquanto traz à tona questões difíceis como dilemas existenciais, preconceito e bullying, o livro também fala de forma esperançosa e leve sobre amizade, descobertas e autoaceitação.


👩💓👫🌈


Amanda Hardy é uma linda, jovem e garota trans. Após alguns momentos turbulentos que viveu na sua cidade de Smyrna, em Atlanta, ela precisou ir morar com o pai, num lugar em que não conhecia ninguém. Era a chance de tentar se reerguer e buscar viver uma vida em paz, tentando ser ela mesma. Ser apenas uma garota comum. 


“Se eu tivesse sido forte o bastante para ser normal, pensei, ou pelo menos forte o bastante para morrer, todo mundo seria feliz.”



O Sr. Hardy ainda tentava lidar com a identidade da Amanda. Para ele era difícil entender. Era tudo muito novo. Também sentia medo da filha sofrer, mas aos poucos ele foi se adaptando e dando o apoio necessário.

Na nova cidade, Amanda vai tentando se adequar à nova rotina. Faz amizades com algumas meninas que tornam a estadia dela cada vez mais acolhedora, mesmo diante do receio de ter sua vida exposta para todos e sofrer na pele - ainda mais - a dor do preconceito. As marcas da transfobia.

"As cigarras zubiam sem parar no fim da tarde. Eu tinha lido certa vez que elas passavam a maior parte da vida debaixo da terra, só saiam já adultas para viver seus últimos dias. Será que comigo seria assim? Viveria escondida pela maior parte da vida, sem nunca sair para o mundo?"



Mas eis que Amanda conhece Grant. Esse jovem e belo rapaz encantou o coração da moça com seu jeito atencioso de ser, mas ela sabia que não era tão simples se apaixonar por um rapaz. Tanto ele como todas as outras pessoas do meio social que ela frequentava, nem sonhavam que um dia Amanda já foi um garoto e isso atormentava a mente dela com várias perguntas e enchia seu coração de medo.

Uma amizade surge entre Amanda e Grant. Algo mais intenso e apaixonante inunda o coração dos dois e ela se deixa viver essa experiência nova e incrível. Mas era chegada a hora de abrir o coração e revelar o segredo mais profundo de sua vida para Grant. Ela só não esperava que tudo fosse se tornar ainda mais complicado.

"- É por causa do seu pai? Eu poderia conhecê-lo se você quiser, mostrar que não sou uma ameaça à filha dele.- Não acho que seria uma boa ideia - falei, tentando imaginar como seria levar um garoto em casa para conhecer meu pai. - Mas estou falando sobre... eu ser complicada.- Todo mundo é complicado - disse ele, coçando a têmpora.- Não da mesma forma que eu. Eu tenho um passado, ok? E garanto que você não quer se envolver com ele.- Todo mundo tem um passado. Isso não significa que você não possa ter um futuro."



Tudo o que Amanda queria era apenas ser uma garota e viver sua vida sendo ela mesma. Mas Amanda enfrentava algo que muitas mulheres e homens trans enfrentam diariamente: a transfobia! 

De acordo com o levantamento feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (ANTRA), em parceria com o Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE), em 2018 - no Brasil - ocorreram 163 assassinatos de pessoas trans, sendo 158 travestis e mulheres transexuais, quatro homens trans e uma pessoa Não-Binária. Dados alarmantes que reforçam o quanto o preconceito está aí, matando e ferindo pessoas por elas simplesmente não serem julgadas como 'normais' por uma parcela da sociedade machista, preconceituosa e hipócrita.  



"Apenas uma garota" por ser escrito pela Meredith Russo, que é uma mulher trans, e contar a história de outra garota trans, aborda um pouco dos desafios diários da comunidade. A autora convida o leitor a conhecer mais sobre os sentimentos da Amanda, sobre o processo de mudanças do corpo, situações constrangedoras que ela enfrenta e muito mais. Muita coisa inspirada na realidade que muitas pessoas trans enfrentam.  

No decorrer da narrativa, vamos conhecendo mais e mais a protagonista e suas angustias e vibramos quando enfim a Amanda conhece garotas que são grandes amizades para ela. Ainda conhecemos o passado dela em alguns momentos de flash-back. Ficamos apreensivos com a relação dela com o Sr. Hardy, mas torcendo firme para que ele seja o pai que a Amanda sempre precisou que ele fosse. E aos poucos esse laço afetivo vai ficando mais firme. 



E é claro que o leitor vibra ainda mais pela relação dela com o Grant. A autora faz questão de apresentar um outro lado do Grant. Humaniza mais o personagem apresentando seus medos e desejos. Em alguns momentos toda a mistura vai causando uma confusão de sentimentos. É tudo muito complicado por complicarem a vida das pessoas trans. Por isso toda a narrativa dialoga bem com a realidade. Não é nada exagerado ou ingênuo. É realista. Quase palpável.  

Ao mesmo tempo em que a gente sofre com a personagem com medo dela sentir na pele a dor do preconceito, a gente torce para que tudo dê certo e ela enfim consiga ser feliz e atinja os objetivos dela. É angustiante e o pior: toda essa narrativa pode ser algo vivido e sentido, até de forma mais violenta, por muitas pessoas no Brasil e no mundo. É triste e indignante! 



Não vou me prolongar mais, até por não saber exatamente o que é ser uma pessoa trans e metade do que ela enfrenta no dia-a-dia. Como sempre digo, só sabe quem sente. Não quero tomar esse lugar de fala diante das experiências que já ouvi e vi. Mas só digo uma coisa: leia "Apenas uma garota" e embarque nessa história tocante sobre amizade, paixão, lutas, tristezas, mas, também, de esperança e sonhos. 

A obra da Meredith Russo tem o título original de "If I Was Your Girl". Ela foi publicada no Brasil através da Editora Intrínseca. Traduzida por Joana Faro, a obra possui uma capa linda - com a modelo trans Kira Conley -, a fonte tem um tamanho agradável, as folhas são levemente amareladas e a edição possui orelhas. Tudo muito sútil e caprichado! 

Para finalizar a resenha, deixo o player de "All Night", canção do grupo sueco Icona Pop. A música é citada em determinado momento da leitura de "Apenas uma garota": 



📚Boa leitura, pessoal!📚


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Resenha: "Lady Killer", de Joëlle Jones e Jamie S. Rich

Resenha por: Pedro Gabriel
Obra: Lady Killer 
Autores: Joëlle Jones e Jamie S. Rich
Editora: Darkside Books
Gênero: Ficção/Suspense/Mistério/Graphic novel
Páginas: 144  |  Ano: 2019
Onde Comprar: Amazon (capa dura) | Loja Darkside Books 
Adicione: Skoob
Nota: ★★★★★
Livro cedido pela editora.
SINOPSE: Josie Schuller é uma mulher única: esposa dedicada, mãe amorosa e... uma assassina de aluguel. Ela é capaz de equilibrar os deveres de uma típica dona de casa norte-americana dos anos 1960 com uma porção de assassinatos a sangue-frio, até que um pequeno deslize faz com que seu chefe ameace aposentá-la de vez. Lady Killer mescla ação, morbidez, sangue e humor, e seus diálogos ironizam muito do que se pensava sobre as mulheres na época, dentro e fora de casa. Ninguém faz ideia de que Josie leva uma vida dupla: seus vizinhos acham que ela é um doce de pessoa. E, bem, ela é. Exceto quando está em uma missão. O Sonho Americano de Josie e sua família está em perigo, mas será que isso é realmente um problema tão grande assim?"

💀🔪👥👪🔨💀

"Sexo frágil", "Se sabe cozinhar, já pode casar", "Você só sabe pilotar bem o fogão", "Mulher e carro não combinam", "Lugar de mulher é na cozinha", "Depois que teve filhos ficou acabada"... xiiiiii. É muita radiação, né?! Essas são só algumas das frases clichês que as mulheres escutam diariamente. É o reflexo do machismo que bate de frente com elas diariamente. Em 1950 não era tão diferente. Josie Schuller se desvia de tudo isso facilmente e quebra todos esses paradigmas tão enraizados desde muito tempo em "Lady Killer". 



Ela é mãe de duas garotinhas, casada com o Gene e vive na mesma residência com a sogra - que acha que há algo de suspeito com Josie. A sogra acha muito estranhas as saídas da nora, os horários dela e tudo mais. Sempre com uma pulga atrás da orelha quando se trata da adorável Josie. A mãe tentar alertar Gene sobre os horários da esposa, mas o marido não liga e nem desconfia de nada. Pelo contrário, admira a Josie por sua responsabilidade, dedicação com as crianças, a casa em que vivem e com ele.

O que ninguém imagina é que Josie leva uma vida dupla. Que esconde um grande segredo: ela é uma assassina de aluguel, que mata homens ricos, pessoas influentes em algum segmento. 



Subestimada pelas pessoas - principalmente homens -, Josie mostra que força e sagacidade são atributos que não faltam para qualquer mulher, principalmente para ela diante das missões que lhe são dadas - e que não são poucas.

O problema é que essas características ascenderam um alerta para a organização criminosa para qual ela realiza esses trabalhos extras. Com isso, sua própria vida está em risco, pois ela se tornou o próximo alvo da máfia. A queima de 'arquivo'. O chefe dela só não esperava que se livrar de Josie seria tão difícil. 



"Lady Killer" é instigante, surpreendente e sangrenta. A Joëlle Jones e o Jamie S. Rich conseguiram criar uma graphic novel espetacular que levanta questionamentos sobre as imposições contra as mulheres e o quanto duvidam de suas capacidades. A crítica é feita num contexto dos anos 50, mas é interessante perceber que ela ainda se aplica aos tempos atuais. "Não deveria ser diferente?!", pois é! Mas não é! 

Joëlle Jones desenvolveu uma narrativa fascinante, engraçada - em alguns momentos -, com ação e muito sangue. Os personagens foram muito bem construídos e todos desenvolvidos em algum momento, principalmente a Josie. A protagonista consegue se dividir facilmente para se dedicar às suas filhas, marido e sua residência. Com sua dupla personalidade, é possível até mesmo amar a personagem, mesmo sendo tão cruel. Mas ela estava apenas fazendo seu trabalho. O que mal tem, né?! rsrs 



Essa dupla personalidade de Josie nos leva a obras incríveis que retratam mulheres donas de casa, exemplos da boa vizinhança e a da sociedade em geral que deixaram suas marcas registradas na história por seus crimes bárbaros. 'Deslizes' que podemos encontrar de forma bem detalhada através de "Lady Killers - Assassinas em série", da Tori Telfer, "Serial Killers - Anatomia do Mal", do Harold Schechter e "Arquivos Serial Killers: Louco ou Cruel? e Made In Brazil", escrito pela criminóloga Ilana Casoy. Obras que reúnem homens e mulheres que fizeram muito sangue derramar por esse mundão.  

Enfim, ler "Lady Killer" foi uma experiência mais que agradável. É uma leitura imperdível para os amantes de HQs, de histórias envolvendo assassinatos, principalmente os amantes de obras que tenham serial killers. A edição é um prato cheio! 



"Lady Killer" foi publicada no Brasil através da Darkside Books. A graphic novel, que foi traduzida pela Raquel Moritz, tem a capa dura, possui ilustrações magnificas ao longo da edição, com traços e cores perfeitas. Na edição o leitor ainda conta com um super prefácio escrito pela Tori Telfer e no final uma seção contendo os rascunhos dos autores da obra. Uma edição cavernosa e sangrenta para a sua estante de livros. 








Boa leitura, pessoal!  


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Resenha: "Lady Killers: Assassinas em Série", de Tori Telfer

Resenha por: Pedro Gabriel 
Obra: Lady Killers: Assassinas em Série
Autora: Tori Telfer
Editora: Darkside Books 
Gênero: Não-Ficção/Biografia 
Páginas: 384
Ano: 2019
Onde Comprar: Amazon (capa dura) | Loja Darkside Books 
Adicione: Skoob
Nota: ★★★★★
Livro cedido pela editora.
SINOPSE: Mulheres letais, inteligentes e manipuladoras. Prepare-se para realizar uma investigação criminal ao lado da Darkside Books e sua divisão Crime Scene. Esqueça tudo aquilo que você achava que sabia sobre assassinos letais - perto de Mary Ann Cotton e Elizabeth Báthory, para citar apenas algumas, Jack, o Estripador ainda era um aprendiz. Lady Killers: Assassinas em Série é um dossiê completo sobre a vida de catorze mulheres que deixaram rastros de corpos por onde passaram. Uma obra fundamental para os fãs de criminologia que querem compreender a mente das assassinas que são horrivelmente - e essencialmente - humanas.


💀👧👩👵💀

A mente humana é um calabouço de segredos. Mistérios e mais mistérios rondam a mente de muitas pessoas despertando nelas os instintos mais mórbidos e avassaladores. Muitas das vezes a sociedade acredita que esses pensamentos somente habitam a mente do homem. Engana-se quem pensou e ainda pensa dessa forma. "Lady Killers: Assassinas em Série", escrito por Tori Telfer prova que o mal também habitou muitas mulheres, tornando-as psicopatas e que suas histórias foram silenciadas ao longo do tempo.

Resenha: "O Hipster - Coleção Como Lidar", de J. A. Hazeley e J. P. Morris

Resenha por: Pedro Gabriel
Obra: O Hipster - Coleção Como Lidar
Autores: J. A. Hazeley e J. P. Morris
Editora: Intrínseca
Gênero: Comédia
Páginas: 52
Ano: 2016
Onde Comprar: Amazon - Físico ou E-book
Adicione: Skoob
Nota: ★★★☆☆ 
SINOPSE: Quem nunca se pegou lembrando com saudades dos tempos de criança? Sem entrevistas de emprego, contas a pagar, rótulos, pressão social, problemas com a aparência, com os relacionamentos... A lista é imensa. E talvez os objetos que melhor resumam essa simplicidade da infância sejam os livros infantis. Porque, antes de haver o Google, era nos livros que as crianças aprendiam sobre a vida. Volumes pequenos, de frases curtas, belamente ilustrados, que continham em suas páginas os mais ricos ensinamentos. Das letras do bê-a-bá a o que faz um astronauta, estava tudo ali. Porém, aos que pensam que esses tesouros da infância se foram para sempre, às almas desoladas que seguem buscando respostas para a loucura que é a maioridade, fica a boa notícia: não, você não precisa mais caminhar sozinho. A seu lado, tenha à mão a Coleção Como Lidar. Explicando desde questões clássicas da vida adulta (Os encontros, A ressaca) até as mais incompreendidas tendências (O hipster), incluindo volumes especialmente didáticos chamados “Manual do usuário” (Manual do usuário – O marido, Manual do usuário – A esposa), a Coleção Como Lidar ironiza os percalços da maturidade, seus estereótipos e absurdos, com muito sarcasmo e sem pena. Imagens e textos não poderiam ser mais apropriados para colocar — ou tirar de vez — você do eixo. Porque, convenhamos: a vida adulta não precisa ser tão adulta assim.

💬👥💬

"O Hipster", livro da Coleção Como Lidar, escrito pelos autores J. A. Hazeley e J. P. Morris, fala das pessoas que seguem o estilo de vida Hipster e cita algumas características - na visão dos autores - desse grupo de pessoas. Jeito de lidar com as situações, como enxergam o mundo ao redor, costumes, dentre outras particularidades.